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Bloqueio para escrever, bloqueio para ler




Acho que TODO mundo passa por isso algumas milhões de vezes na vida. Momentos constantes outros menos. Tinha uma época na minha vida que eu me prejudicava na escola por que não conseguia fazer minha mão e minha mente se aquietar por um segundo. Eu estava sempre escrevendo, uma paixão enorme. Esse época foi entre a oitava série e o primeiro um ano, se estendeu com um pouco de dificuldade até o segundo ano. Hoje estou na faculdade. Sim, faz um bom tempo. Passei o ano passado todinho sem inventar novos projetos de livros, com poucos posts, bem raro mesmo. Ainda mais que comecei a namorar, e tinha a pressão do vestibular então tudo ficou meio difícil. O bloqueio literário é por períodos mais curtos. Passo alguns meses sem conseguir ler livro algum, é terrível. Já em outras vezes não consigo parar de ler nem para comer, e quase me recuso a tomar banho, se não fosse tão nojento. Sei que não é algo só meu porque tenho amigas que já passaram sobre isso. Mas o curso e a profissão que escolhi seguir exige que eu escreva e leia bastante. Estou tentando voltar aos velhos hábitos. Ganhei um ultrabook por conta da aprovação na faculdade e agora fica bem mais fácil!

 Espero realmente conseguir! 


Sobre o sentimento de escrever


Existem algumas coisas na vida que simplesmente partem de dentro. Que vai fluindo, fluindo e precisa da válvula certa de escape. Gritar, chorar, escutar uma música triste, os amigos, ou... Escrever.

 Só que tem horas que emperra, e você não consegue fluir com a intensidade necessária. É frustante, e dolorido. Como se tivessem mil adagas perfurando a pele e você não pudesse se livrar delas. Mesmo se quisesse. Escrever me emociona, é como um rastro marcante de algo bom que você faz. Dá orgulho, paz...

 É uma maneira de se livrar do peso extra que carregamos. É libertador. E de verdade? Várias vezes me pego rabiscando um conto obscuro cercado de dramas. Me pego marcando a folha com as dores do dia, ou deixando nela as felicidades de um momento. É quase que intuitivo, e natural. Como um membro.

E não é preciso muita coisa, só o sentimento e a inspiração. Por que dá pra escrever na areia.



...



 Eu digitei a primeira frase. Mas não estava bom o bastante. Então, me afastei da mesa, comprimi as têmporas e forcei tudo que estava ali sem forma a tomar rumo de letra. Eu continue a teclar incessantemente sem nunca reler o que ficava para trás, fiz assim por um bom tempo. Com o tempo foi se esvaziando, até não restar mais nada. Espremi até a última gota, que escorreu como suor. De maneira que demonstre o quanto foi árduo o percurso.

Me pus a pensar então, em como eu poderia dar um julgamento verdadeiro a aquilo que havia escrito, então eu simplesmente vi. Que poderia não estar completo, ou não fazer muito sentido a outros olhos, mas era um reflexo da minha alma, com todas as marcas muito bem talhadas pelo tempo.

 Sorrisos e mais sorrisos se formaram, a cada linha, cada palavra, um suspiro a cada vírgula. Era assim que eu me sentia? Eu havia me esquecido, outras preocupações havia encobrido alguns dos meus sentimentos. Se eu pudesse me abraçaria, então primeiramente cumprimentei de maneira muito afetiva minhas palavras, depois me enrosquei nas minhas lembranças num abraço doce, uma pitada de amargura. Era a saudade também nos envolvendo.

 Tudo tem uma textura meio xadrez, por que mistura. Uma mistura gostosa de se ver, não pesa e faz sentido. As mais escura guardam pensamentos sombrios, é claro, as mais claras se enchem de suavidade. É uma mente embaralhada, são palavras desconexas. Eu me sinto confusa.

Eu me sinto com os sentimentos ligados. 

Como lhe provar?

 Eu sinto, e isso de maneira constante, que por mais que eu me dedique fielmente às palavras, que eu pressione as teclas de maneira frenética, que eu rabisque letras indecifráveis num caderno eu nunca vou conseguir alcançar.

Mesmo que saia a clicar por ai, a fazer poses, a dar abraços apertados e sufocantes. Estalar beijos apaixonados nos lábios do amante. Chorar lágrimas de dor, e também as de alegria. Sorrir o sorriso mais sincero, ou apenas forçar um dissimulado.

 Mesmo que meus sonhos passem do plano imaginário, para viverem o real. Mesmo que tudo se torne tão perfeito, a ponto de eu pensar ter caído num sonho profundo. Que você me ame na dose certa, que eu ouça dos lábio de quem espero a confissão.

Que caminhar a sua procura seja como flutuar nos sonhos. Que depois de um beijo entusiasmado, eu pisque repetidas vezes e você ainda esteja lá.

 Eu sinto, que de todas as maneiras existentes, cabíveis, já tentadas não sejam capazes de reproduzir de maneira fiel o quando o amo. Mas existe uma, uma perdida no amago. Presa nos meus batimentos cardíacos, escondidas dentro do peito. Por baixo da minha aparência que denuncia, que explica, que prova tudo isso. Mas não tem como você saber, só eu.

 Então não me peça uma prova de amor, por que a maior que eu posso te dar é o fato de você ocupar todos os meus pensamentos.





 
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