Por pensar


Algumas coisas, em alguns momentos, parecem simplesmente tão fáceis. Tão simples. Em outras, se tornam um grande tormento. Embaçando nossas mentes, umedecendo os olhos. Tão difícil de controlar quanto um choro preso já há muito tempo.
 E como controlar, não é mesmo? Como tornar tudo fácil e claro novamente. Como evitar que pensamentos tortos nos preguem peças. Para que pensar nisso tudo. Se preocupar com tão pouco, que perto do que ainda se tem para viver é um cisco. Ou lá na frente vou lamentar não ter que lidar com isso que parece tão pequeno, comparado a monstruosidades dos problemas que seriam, lá. No futuro.
 Difícil, bem complicado. Alguém direcione a luz do meu caminho? Obrigada.

Como um nó



 Como desatar nós firmes sem partir a linha? Cuidado? Perspicácia? Sutileza? 
 
 Admito que essa metáfora é um pouco grosseira para explicar a situação conflitante que se passa na mente, ou no coração. Ou seja lá onde for que guarde tanto sentimento não nomeável. Mal consigo administrar coisas materiais que ocupam um lugar no espaço, me apavora ver tantos nós se formando desordeiramente sem alguém capaz de direciona-los.
 É que não é só a razão que move o mundo, nem fatores fisiológicos que movem a vida. Todos estão entrelaçados a sentimentos. Sejam eles mais privados, ou um tanto coletivos. Estão sempre presentes. Da ambiciosidade a solidariedade. Da frieza ao amor. 
 Chego a convicção de que talvez seja mais fácil se manter a sombra da ignorância, e submisso a alienação. É que pensar por si só cria muitas dúvidas com respostas incertas, e instáveis. Ou ás vezes não produz resposta alguma. Dúvidas te leva a mais dúvidas e a respostas cruéis. Te faz suspeitar do sentido da vida, do sentido de se fazer qualquer coisa. Te faz suspeitar, no pior dos casos, da própria existência. 
 A própria mente não é uma companhia muito saudável, nem amiga. É meio traiçoeira e egoísta. Causa muita dor, exaustão. 
 Viver atolado em pensamentos, como num poço que ás vezes enche, ás vezes esvazia. Nunca se mantem instável. Frustante. 


A dor dos outros





Agora a moda é dramatiza os próprios sentimentos em formas de gifs no tumblr, ou imagens no face. Tudo bem, isso eu também sei fazer. Mas não significa nada. O exemplo mais clássico é que não é por que você vive sorrindo que está feliz. Não é por que só compartilho imagens felizes que esteja tudo bem. Não é por que ignoro textos tristes que me sinto feliz.
 As vezes vem um sentimento ruim do nada e me deprime. E sinceramente? Ainda não sei como me esquivar disso. Tenho sofrido picos de instabilidade no humor e isso tem me desregulado muito. Uma hora posso chegar a pifar. Não teria como manter a estabilidade?
 Não dá para aguentar todas essas mudanças repentinas, as vezes estou dolorida, outras vezes terrivelmente dormente, outras com grande euforia.
 Onde me regulo?
 
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