A montanha




Como um colapso na minha mente. Todos meus sentimentos explodindo num milhão de pequenos fogos corrosivos. Por mais que eu pensasse em tons vibrantes tremulando antes de finalmente dar fim a tudo que me arrastava para o fundo, as cores fugiam aos meus olhos. Ávidos por uma, pelo menos pequena e breve, demonstração dos meus melhores sentimentos que iam esvaindo-se junto com os meus mais profundos e negros pensamentos salpicados de tons negativos.
 Mas nada me impede que o que imagino e creio cegamente e fantasio todos os dias e tudo que tenho interiorizado seja capaz de transformar o que chamo leigamente de vida em algo que ultrapasse todas minhas reais expectativas.
 Uma música me disse, que eu preciso desacreditar que as coisas irão continuar assim e simplesmente mudarão. Por que não vão. Algo não se move por que simplesmente acharia que PODERIA mudar, mas sim por que eu acredito. E acreditar nisso me torna capaz de movê-la. Seja trinta centímetros para o lado seja por cima de uma montanha.
 Ainda não descobri todos meus superpoderes. Ou você acha que eu seria só mais uma garota depois de ter enfrentado tudo até hoje sozinha e ainda não ter desanimado pelo que ainda irá vir? Não acha que guardo algum super segredo? Não acha? Eu acho, na verdade acredito.
 Manter a cabeça erguida talvez não seja se sentir superior aos outros, talvez sim aos problemas. Como não ser maior que algo que deriva de você e unicamente só existe por que você os criou?
  Nada é mais concreto que um coração pulsando sobre seu peito. Ele está ali não está? Te deixou na mão? Acho que não. Cansei de me fazer por vencida. Aprendi a erguer a cabeça. Estou seguindo. Mesmo que o caminho peça uma grande escalada, eu vou vencer a distancia entre mim e a felicidade. Mesmo que isso signifique subir a montanha.
 Eu consigo. Tenho tudo que preciso para essa grande escalada. A oportunidade e quem me apoie. Seria mais fácil se você tomasse minha mão. Pode?






Contos de vampiro I




Não é como se fosse realmente fazer sentido. Por que na verdade, não faz. E eu não sou do tipo que simplesmente espera que faça. Não posso me controlar nas penumbras, me esgueirar entre as sombras. Não para sempre, e mesmo que o para sempre não represente muito para quem eu sou, cada segundo perdido tentando fugir de algo que eu sei que irá me atingir é perdido.
 Isso dói, tanto, tanto e tanto. E mesmo que todas as doses de morfina fossem ejetadas na minha veia, bem... Eu continuaria a sentir uma dor horrível. Sou tão fraca, tão vulnerável. E condenada para viver para sempre.
Mas já que vou me entregar para a infelicidade de uma vida sem fio, onde a linha da minha vida é infinita, que eu me arrisque. Mesmo que eu arrisque minha eternidade, para garanti-la a outro. Por que ai eu vou saber que valeu a pena. E nada poderá desmanchar meu sorriso de trunfo.
 Arranquei a estaca que estava cravada fundo no meu peito. Dói, lágrimas rolam pelo meu rosto. Mas não por que tenho um órgão dilacerado dentro de mim. E sim por que tenho que me esforçar até os últimos segundos para que uma dessas não termine com a vida de quem me deu uma.
 Forço minhas pernas a fazer um esforço extremo, por que nem os olhos abertos consigo manter mais. É simplesmente demais para mim, mas não para Marco. Está tudo fora de foco, mas eu sei que aquela estaca de madeira não seria o suficiente para me machucar, havia algo que em sua essência me fazia muito mal. Algum veneno algo assim.
 Com a visão turba, sai tateando as paredes me esforçando para dar cada passo dolorido. Meu corpo se deixando levar pelo cansaço. O tempo parecia ter se transformado em algo pastoso, tudo tão lento, embaçado, confuso... Eu acho que... Eu acho... Eu...






My job




Até certa idade ser sustentada pelos pais não tem problema algum, mas tem um momento que você anseia tanto por um grau maior de independência que tem a ideia de arrumar um emprego, ou um estágio. Há alguns dias atrás estava tudo bem, tudo rosa. Mas ai me deu a louca de que eu precisava de um emprego.
Acho que não há problema algum em se trabalhar. Para mim o mais importante que o próprio salário é se trabalhar em algo que gosta. Tem certas pessoas que acham trabalhos com remuneração abaixo de tanto valor indigno. Para mim é tudo relativo.

Não acho digno trabalhar numa loja seis horas do dia para ganhar um salário mínimo, por que não gosto, se não gosto não acho digno. Mas me seria de grande felicidade trabalhar como Web Designe e ganhar R$200. Eu estaria fazendo algo na minha área.

 Ok, como eu estava muito desesperada estava me contentando com um estágio. Mas meus estudos ocupam todo o meu horário contrário à aula. E para mim, entrar na faculdade e pegar meu certificado no inglês é mais importante. Mas ainda estava ávida a trabalhar.

 Foi pensando nisso que resolvi fazer uma lista de possibilidades voltada mais para quem blogga, ou para quem não tem muito tempo mesmo. Para mim o emprego ideal nessa idade, e para quem tem essa rotina que ‘nós’ blogueiros temos, é que nós mesmo fazemos. Sem horários, sem sair de casa. Só nossa própria responsabilidade.

Web Designer

 É a minha primeira opção. Pretendo fazer um curso intensivo no final do ano. Montar meu portfólio e trabalhar por conta própria. Além de que daria uma turbinada no meu próprio blog. Tem alguns sites que tem matérias e material para ajudar iniciantes com preços e maneira de trabalhar.


Design Gráfico

 A Jay do Página Mestra faz o curso. E foi ela a responsável pelo visual aqui do blog. É quase a mesma rotina de Web Designer. Você pode fazer seus horários, e fazer tudo em casa. Design Gráfico trabalho com a criação de páginas de jornais, revistas, livros e folhetos.
Mais sobre aqui. Guia do estudante

Alguém conhece mais algum? 

Uma carta á você, vadia!





E se daqui a 50 anos nós duas não nos falarmos igual hoje, eu vou arranjar um jeito de achar seu endereço e te enviar a seguinte carta: Oi sua otária, ainda lembra de mim? Acho que não né, pelo menos não é o que parece. Mas não estou escrevendo essa carta pra te lembrar o quanto você é idiota por ter sumido da minha vida, estou escrevendo essa carta pra te lembrar de tudo o que a gente viveu, fazer você perceber o quanto faz falta na minha vida e o quão estúpida você foi por ter ido embora. Eu ainda lembro qual era sua comida preferida, sua cor preferida, o número do seu sapato pouco grande, não é mesmo? Precisava te falar isso, afinal, fazia tempo que eu não te enchia por causa desse pé de palhaço que você tem. Ah, também lembro dos seus cantores preferidos, e de todas as vezes que eu mandei você calar a boca por não parar de falar deles. Lembro dos seus amores platônicos, e de todas as vezes que eu disse que ia fazer você morrer solteira, você lembra? Pois é, meu medo de que algum otário te machucasse era grande. Ainda conto pros meus filhos todas as nossas histórias, de como a gente era feliz com tão pouco. Conto a eles o quanto você era idiota tentando me fazer rir todas as vezes que eu ficava chateada por brigar com o pai deles, e o quanto você torcia por nós dois. Viu, deu certo. E alias, falando em filhos, maridos e afins, sua filha também chama Rafaella igual havíamos combinado? E você olha pra ela e sente saudade da nossa pequena que foi embora mais cedo igual eu? Lembro também quando você brigava comigo todas as vezes que eu pensava em fazer besteira. De quantas vezes por dia a gente ficava horas e horas no telefone, você lembra? Você até falava que sua voz me fazia ter vontade de fazer xixi, porque toda vez que a gente começava a conversar no telefone puf, sentia vontade de fazer xixi. Mas isso não vem ao caso, né? Lembro de quando você dizia que conforme o tempo passasse só eu ia estar lá pra você e por você, pois é. O tempo passou, você está aí e eu aqui, mas quem disse que eu não continuo aqui só por você? Quando disse que te amaria pra sempre não menti, sua vadia. Uma vez melhor amiga sempre melhor amiga, certo? Agora dá um jeito, me manda um sinal de fumaça, qualquer coisa pra eu saber que você ainda lembra das mesmas coisas que eu e sente saudade. E antes que eu me esqueça sua vagabunda, quem te deu permissão pra você sair de perto de mim?


Autor desconhecido, Tumblr. 

Pra que juízo final?



E ás vezes eu me pergunto se eu aguentaria ou se seria mesmo necessário um juízo final. Com vários dedos apontados para mim, com tantos julgamentos injustos e severos, me pergunto se seria realmente necessário mais um. Já que as pessoas á nossa volta se sentem tão dignas e donas da verdade para nos dizer certas ou erradas.

 Na verdade, creio que não há julgamento que considere o ‘réu’ certo. Alguém já parou para te julgar quando fez alguma ação boa? Quando conseguiu êxito em algo? E mesmo que tenha, sempre encontram algo mais que deveria ser feito, um lado negativo. Especulações e mais especulações.

Os senhores e senhoras donos da ‘perfeição’ tem me julgado a vida toda. E não é assim também com você?
 Metida. É o que escuto por ser tímida. Quantas e quantas vezes. Eu tenho bloqueio a certas ‘pessoas’ e certas ‘ocasiões’. É como se não conseguisse ser eu mesma, fico calada, na minha. Mas tento sorrir. Eu SOU assim. Tento ser legal com as pessoas, fazer as coisas por que gosto. Não sou do tipo que vai te conhecer pela primeira vez e vai dizer: ‘Não fui com a cara de fulana’. Não tenho senso afiado de falsidade. Podemos dizer que sou a ‘bobona’. Mas fazer o que?

 Se você é gentil com alguém, ou faz algum favor é idiota e logo todos acham que podem ‘abusar’ de você. E então você deixa, deixa que pensem que é a garotinha boba. Até você leva as pessoas a se decepcionarem, por que não é bem assim que as coisas funcionam.

 E você, bem... Você tem que dar um basta. Tem aquele momento que não dá mais, não por que você não aguenta mais. Mas por que PENSAM e APONTAM que você é o tipo maleável, fácil de subestimar. E você tem que mostrar para alguém que as coisas não são bem assim. Que nem tudo gira de um só lado.

 E que aquela garota de voz mansa e essência, vamos dizer amável. Pode alterar a voz, xingar palavras feias e defender seus ideais. Então, presta atenção antes de apontar esse seu dedão ai! Por que uma gatinha pode se transformar numa leoa.

Colecionadora



 Pegue uma imagem. Uma imagem qualquer, que te lembre coisas bonitas, ou nem tanto. Que te faça sentir um âmbito incontrolável para escrever. Digite as palavras no espaço branco de acordo com o que sente, de acordo com o que aquela imagem te faz lembrar. Descreva todos seus sonhos estrelados, suas viagens por outras galáxias.
 Faça das palavras o condensar dos seus sonhos, dos mais profundos, mais distantes, mais difusos, confusos e irreais. Elas podem, não como deveriam, mas nos livra de explodir ideias loucas que no fundo fazem sentido, sonhos líquidos.
 Eu sonhava em colecionar as estrelas, coloca-las todas no bolso e sumir. Um dia desses o fiz, catei uma por uma e joguei num potinho. Carrego para todo canto, ou elas me acompanham por todo canto. Mas só brilham á noite. Naquela cúpula infinita a que chamam de céu. Todos deveriam saber, mas ele é meu. E as estrelas também. E cada grão de areia a beira do mar. Cada flor, cada sorriso, abraços e sentimentos condensados. Eu coleciono coisas bonitas.

E palavras também. 

É sua escolha



 Eu me lembro como se fosse ontem. Ou foi ontem mesmo? Não me lembro. Quer dizer, se foi ontem. Ainda vivo em misto de confusão e euforia. Algo meio contagiante anda inebriando meus sentidos. Algo que antes se escondia pelos cantos mais escuros de mim, e que vivia me apunhalando as cegas, que dilacerava minha alma. Foi totalmente vencido por um sentimento ofuscante, que acabou com as sombras existentes em mim mesma. Um único pensamento feliz venceu o inimigo que se abrigava e se alimentava em mim.
Para ele foi demais. Depois daquele pensamento positivo, muitos outros vieram. Iluminando tudo aqui por dentro como fogos de artificio, coloridos e vibrantes. Vieram com estouros, fazendo barulho e despertando minhas sensações mais... Não sei.
 Entrei em um total estado de triunfo. Não posso conter toda minha alegria, ela dilacerou toda a negatividade, a expulsou. A cuspiu para fora de mim, como o terrível intruso que era. Que deu inicio a tudo isso foi eu. E é nisso que aposto. Que tudo o que acontece na minha mente, tem um certo inicio no que eu deixo acontecer.
Você pode achar que tudo anda conspirando contra você, sua felicidade e paz de espirito. Pode achar que há inimigos. Eles podem existir, mas ficam sem poder se você deixa-los tomar conta dos seus bons sentimentos. É. 

Coffee & Cia


 Esse texto não foi revisado. CUIDADO!


Está tudo girando fora da órbita, no sistema errado. Falta gravidade para me manter no chão, falta céu para eu me manter nas nuvens. A lógica perdeu o sentido, anda a vagar por becos não iluminados pela mente murmurando versos de amor. Versos de amor enlouquecidos, cheios de dor e desesperança. Não tem lógica. Está em falta.
O tempo tem preço do lado de fora, e está com pressa. Não consigo me agarrar a uma causa que me desabasteça de tanto tédio. Vultos é o que restou de mentes desgastadas, não consigo acompanhar. Vem e vão tão apressadamente, qual o relógio que move suas vidas?
 Está tudo ficando tão pálido. Meu coração pesa como chumbo dentro de mim, rancor acumulado? Mas eu me livrei há tanto tempo. Talvez tenha sido um pingo de gravidade, estou voltando ao chão. Me desagarrando do nada, soprando tão lentamente o que já é, eu vou caindo por mim.
 Onde está o cinto de segurança? A vida passa por uma turbulência, e talvez tenhamos caído numa ilha. Eu não consigo sentir, é ofuscante, quente e úmido. Mas não sinto grãos de areia finos por baixo dos pés. Na verdade, algo os apeta. Meus dedos reprimidos numa forma pequena de sapato. Onde bolhas já antigas estão por contar histórias.
 Percebo tudo embaçado como um dia de chuva, riscos vermelhos num fundo branco. Luzes incandescentes piscando por todo lado, borrando e ofuscando minha visão. Entrando em foco, aos poucos, bem lentamente, como os pensamentos densos que embaralharam meu cérebro. Letras ainda difusas, mas começam por fim a fazer algum sentido. Coffee & CIA?
 Como uma seringa perfurando a veia do braço, foram os sons entrando confusamente numa cabeça desorientada. Onde a loucura parece tão correta, e a lógica é uma fugitiva. Onde coisas que pulsam e se auto mutilam são reis de uma hierarquia de idiotices erradas.
- Mais alguma coisa senhorita? – Um vapor quente me desperta de um mar enervado de sentimentos.
 Ergo os olhos de dentro da minha mente, para o bule com a substancia quente que vinha me mantendo acordada desde manhã. Cafeína tinha sido a droga dos meus problemas. Ergui a mão tomando o bule do garçom.
- Vou ficar com isso. – Acolhi o bule nos braços como uma criança. Talvez minha lógica estivesse mesmo em falta. Ou talvez eu nunca tenha tomado uma dose dela.
- Mais alguma coisa? – O cara que tinha voz rouca perguntou pausadamente.
- Não... – Ia ficar tudo bem, tudo tranquilo. Eu ia terminar de tomar meu café, ou talvez mais alguns bules. Iria para casa, tudo ficaria bem. Dentro da minha realidade. Mas eu tinha necessidade de enlouquecer a mente alheia, de compartilhar aquelas ideias sem fundamento, e sem fonte alguma de raciocínio. – Talvez, talvez se você pudesse me oferecer um punhado de sentido. Um cobertor de conforto, algumas gotas de raciocínio. Se pudesse inundar minha mente de lógica. Entorpecer meu corpo, que há meses está dolorido. E arrancar fora... – Espalmei a mãe sobre meu peito, sentindo meu coração pulsar no seu melhor ritmo estando dilacerado. – Isso...
Completei. Deixei meu olhar se perder além da vidraça que vinha sendo chicoteada pela chuva de verão desde o meio dia. Talvez eu devesse arrumar também uma solução para calar minha boca. Eu ainda matinha a jarra quente perto do peito, era um calor superficial. Mas aconchegante.
 Eu ouvi a cadeira a minha frente ser arrastada pelo chão de madeira.
- Nós não temos nenhuma dessas opções no cardápio. – Sua voz soava tão suave. A rouquidão era tão aconchegante para os ouvidos.
-Talvez eu devesse procurar um lugar mais adequado... – Continuava a encarar lá fora, aqueles letreiros de neon colorido me davam certo êxtase.  
- Também acho. Mas eu só conheço um lugar. – Aquelas palavras me pegaram de sobressalto. Já há muito as pessoas não tinham mais paciência para ouvir e compartilhar comigo essas tolices sem fim. Quanto mais entrar no jogo.
 Escorreguei a jarra pela mesa, e parei para encarar seus olhos. Procurar algum vestígio de graça ou zomba. Mas me afoguei. Eu um mar tão agitado e cinzento. Acho que estava passando por momentos frios e agitados. Estava em meio uma tempestade. Ele pestanejou para mim.
- E qual lugar seria esse?
- Alguém cuja da boca saem palavras tão expressivas deveria conhecer muito bem o que procura.
-Prefiro me manter ignorante quanto a isso. Talvez seja melhor deixar tudo como está, as coisas devem se arrumar sozinhas.
- Uma garota tão bonita quanto você não deveria cultivar uma personalidade leiga nos cantos da alma. Pega mal.
 Não pude deixar se sorrir, que tipo de flerte é aquele?
- Gosta de ser forçada a fazer alguma coisa? – Não era o tipo de pergunta que costumavam me fazer.
- Obviamente que não. Você gosta? – Refleti a ele sua pergunta.
- Obviamente que não. Por isso que me forcei a tomar uma decisão antes que o que eu cultivava dentro de mim atingisse pessoas importantes. É como uma bomba biológica, só eu sabia qual o fio certo a cortar.
“Ficar remoendo aquilo, me lamentando só acelerava meu tempo. E no final não adiantou de nada, todo aquele sofrimento. Procurei todas as minhas necessidades dentro de mim. Consegui suprir minhas próprias necessidades. Eu tinha o que precisava o tempo todo e não sabia. Descobri sozinho, e agora tem alguém de dando a direção para saída. Devo presumir que deva ser uma garota masoquista se não aceitar isso como uma ajuda. É melhor, conselho.”
 Ele se levantou, empurrando a cadeira. Nicholas era o que estava escrito no seu broche de identificação. Me joguei para fora da cadeira. Como se tivesse acordado de um longo sono.
- Nicholas! – Chamei com certa urgência na voz. Dei alguns passos cambaleantes em sua direção e entrelacei meus braços em sua cintura.
- Obrigada. – Sussurrei contra seu uniforme. Por um momento pensei se aquele havia sido um ato de extrema intimidade. Mas ele me abraçou de volta.
 De repente eu sentia de novo, conseguia perceber e enxergar. Havia uma certa claridade na minha mente. E uma urgência de ser feliz.
 Só cheguei em casa depois das duas. Estava ajudando Nicholas, - que na verdade era Luke e estava usando o uniforme do colega por que um cliente havia derramado chocolate quente em sua camisa mais deco. – a limpar a loja.
 Foi a primeira vez em anos que deitei a cabeça no travesseiro sem pensar em mais nada. Só dormi aquela noite. 

Raphaele Caixeta anda tentando fazer sentido com coisas sem lógica, e confusas. 

Sonhar um sonho


E dizem que se for para ser, será. Eu acredito, eu acredito no que tem que ser, e no que eu tenho que fazer. As vezes pode não parecer tão claro, posso me confundir, ou desanimar. Mas eu sempre sei, mesmo que as vezes isso recue em algum canto escuro dentro de mim, que eu tenho que continuar. Mesmo sem saber meio como. Mesmo sem saber se é a maneira certa. Se no final do arco-íris um ponte de ouro me espera. Talvez não seja ouro, e sim prata ou cobre que eu encontre. Mas qual o meu objetivo? O ouro, e veio a prata para me mostrar que existe algo me esperando no final.

E se agora que eu sei que existe, tudo muda. Fica diferente, existe um objetivo concreto. Mal posso esperar por ver o brilho do ouro, dos meus sonhos quando o final estiver próximo. Mas agora é apenas o caminho. E eu gosto de traça-lo, correr atrás dos meus objetivos talvez não seja bem a maneira certa de descrever... Talvez seja viver em sonho meus objetivos. Eles estão por vim, não sei quando... Mas não vou apressá-los. Sempre dizem que o melhor de uma festa é esperar por ela. Então, melhor ainda deve ser organiza-la.

What is love?




Sabe aquela garota que enxerga nos teus olhos um céu cheio de estrelas, nos teus braços conforto e em seus lábios a alegria de dar continuidade a mais um dia. Ela tá indo embora, com a cabeça baixa, os ombros curvados, os olhos tristes. O coração pesado.

 Nas costas ela carrega o passado, se arrastando pelo presente e sem enxergar nada do futuro por vagar com a cabeça baixa. E eu te pergunto: Vai deixar? Vai deixar que ela carregue nos ombros uma culpa que não pertence a ela? Deixar ela se perguntando onde ela errou que não durou mais? Vai deixar que o que já é pedaços seja levado pelo vento?

 Não me faça acreditar que o amor é como uma música. Tem começo, meio e FIM. Seria aniquilar quase todos meus sonhos. Passar a enxergar meu mundo preto e branco. Fazer faltar sentido. É como ter um violão desafinado, ver o dono de olhos tão bonitos com o peito vazio. E saber, que aquela garota que tentou completar seu vazio, dando a ele seu próprio coração tenha sido rejeitada.

É incompreensível. Enlouquecedor tentar entender uma ação tão irracional.

E para ela eu tenho outra pergunta: O que é amor? O que é amor? Trata-se de desistir?
Porque não foi assim que você me ensinou. (What is love? NeverShoutNever)

Viagem: Disney!


 Olá pessoas lindas. Eu sei que aqui anda um pouco abandonado e tals. Mas é que tem quase duas semanas que voltei da minha viagem dos sonhos. Que voltei da Disney! Postei alguns textos sentimentais, para não deixar tudo aqui muito parado... Mas estava me preparando mesmo para a grande retomada! Há, quando tudo aqui começa a mudar.

 Começando por quem escreve aqui. Viajar para o exterior, ainda mais para Disney acaba sendo uma experiência emocionante mas cheia de ensinamentos. Lá foi um dos lugares onde as ideias brotaram, sonhos distantes ficaram mais próximo...



Da Disney além de lembranças e aprendizados também trouxe bastante coisinha.

 Roupas. As lojas que mais me deixaram louca foi a Forever XXI (É óbviooooo) e a Charlotte Russe. Peças super baratas, roupas lindas e desejo de comprar.







Sapatos. Comprei a Peep Toe rosa e a bota no Charlotte Russe. Com a seguinte promoção: Compre um sapato e leve outro por 10$. Como não pirar?


Acessórios. Cintos, anéis, brincos... Tudo uma doidera.


Cosméticos. Fiz a feira. Comprei perfumes que via em revistas por R$300, por 59$. Maquiagens... Quase todos meus desejos saciados.


Bolsas e mochilas... Preciso nem falar né?


E comprei meu Iphone é claro. Depois de tanto tempo o desejando. hihi. 



 Como estou com planos de renovar tudo por aqui, queria pedir que respondessem o formulário abaixo! Lembrando que todas aquelas garotas que responderem terão privilégios em sorteios futuros. 



Beijos, beijos. Segue lá no twitter: @raphaelecaixeta

Sobre amar o Status




Se eu afundar minha cara nos livros quando você passar é por que não quero encarar nos teus olhos. Não é simples assim? Deveria ser para você, já fez isso tantas vezes... Deixar meu olhar no vácuo, meu sorriso sem destinatário.
 Ter que começar uma história do zero não é fácil, jogar um livro todo fora. Por que já não me serve mais. Aquela história, bem... Nada dela restou. Que não sejam olhares tortos. E de que eles me servem? Para me lembrar que fui eu quem fiz a burrada, de achar que um babaca como você fizesse algum sentido em mim. Eu não achava que nós nos completávamos, nem que eu havia me apaixonado a primeira vista. Na verdade, eu momento algum. Foi um momento de ego inflado. Aquele garoto, dos olhos claros, do cabelo macio. Um dos mais desejados, implorando um beijo meu? E o que dei foi além disso, a propriedade do meu coração.
 ‘Mas que garota tola’, é o que diria minha mãe. Três meses, três meses aturando um garoto ególatra, narcisista, egoísta e galinha. Andando de mãos dadas, dando atenção, jurando amor eterno... Que amor? Nem amor havia para ser eterno. O que havia ali era o amor por Status.
 Não agi nem com a cabeça nem com o coração. Me tornei uma garota estranha, irreconhecível para mim mesmo. Foi melhor ter parado com aquilo... Dizer ‘Eu te amo’, sem amar é quase uma blasfêmia. E dai que seus olhos eram azuis da cor do mar, seu cabelo cor de ouro? Dentro da cabeça era oco, o coração era meio cor de chumbo. Era duro e frio. Quase congelante.

Quanta utopia!





 Sexta-feira. Amigos, festas, pegação, bebidas, sexo, drogas.

Ou talvez só um pouco de poesia. O grafite risca o papel em branco, e deixa que no espaço vazio marque o que fazia o coração palpitar. Mas esquece, poesia talvez não seja comigo. Talvez não essa, não esse tipo. Seria estranho se eu dissesse que consigo ver poesia numa fotografia? Prefiro tons neutros, beges... Daqueles que te passam sensação de tranquilidade. E há aquelas bem coloridas, que fazem os olhos brilhar.

 Mas também vejo rima na maneira como a roupa nos veste, ver os versos combinar. Mas tudo depende, da direção a que se escolhe olhar. Formas geométricas cobrindo uniformemente o corpo, pode não ser ou parecer, mas é uma maneira de falar. Rasgos e rombos me parecem rebeldia, ou talvez só pareçam mesmo. Babados, e flores me fazem sentir delicadeza. Algo assim. É o que parece, é o que me faz sentir.

Sábado, é dia de enxaqueca.

 Ou talvez só um pouco de poesia. É dia de pensar, talvez não seja saudável enxergar tanta poesia, tanta rima, tantas coisas se combinando.

 É tudo muito utópico, ver um mundo em que há versos desenhados na calçada. E rimas, até no caminho difícil. Eu fujo da minha utopia. 

É um caso de pontuação




Você se importa? Se eu mudar de opinião, largar os antigos vícios, fazer de agora o marco zero. Recolocar os pontos e vírgulas, a e a interrogação. Isso muda tudo, não muda? Sua expressão agora merecia uma exclamação! Você sabe que daquele texto, os pontos trocados mudam total o sentido. Você fica fora dele, completamente escarrado. Um descarte simples, porém intenso.
 E o que fazer com alguém que odeia poesias, que extraindo de seu vocabulário as palavras chulas não o torna mais bonito. Na verdade quase não se resta nada. E se eu der de ombros para sua expressão de cachorro sem dono, por que eu sei como é um coração abandonado pelo dono. É triste, mas não o fim do mundo. Eu sei como é carregar um idiota nas costas, todo seu estrago. Você aguentaria? Carregar por um longo caminho a ira de uma garota com o coração exausto?
 Se meter com uma garota de coração mutante não deve ser nada fácil. Ele está despedaçado, sim. Ele sente dor, angustia, sim... Mas sabe reconhecer o que vale a pena, e quando não... Aciona seus poderes regenerativos. Não há casos de corações que fiquem 100 por cento, sempre há as marcas de uma ‘batalha’ travada... Elas servem para relembrar. Apesar de não ser bem assim.
 E eu não me aflijo ao saber que essas palavras podem ser jogadas em qualquer acervo de corações despedaçados mais tarde. Para mim já basta ter gravado em palavras mais um caso triste com final feliz, pelo menos para uma das partes, que não tenha sido a dele. Já basta ter soado o sinal de alerta sobre garotos & romances, apesar de saber... Que será ignorado. 

(Texto feito especialmente para sessão 'Sua história vale um texto', no blog Depois dos Quinze

Esvaziar a mente




 É como dar um tempo num relacionamento. Não é porque tem muita coisa acontecendo á minha volta, ou dentro de mim. É só por que eu talvez tenha esquecido de esvaziar a lixeira. Tem coisas ocupando muito espaço, o HD está cheio. Já não processo mais as coisas como antes, tem uma mente aqui precisando de manutenção. Tem muitos rascunhos de sonhos que não me desapeguei para apaga-los. Lembranças de momentos que foram muito bons, mas o problema é que ao invés de trazer felicidade. Me enchem de nostalgia, saudade, é uma dor latente muito incomoda no coração, eu acho. Dói no peito.
  A que ponto tudo chegou que é preciso exterminar boas coisas por que dão sensações ruins... O espaço, eu preciso para ocupar com mais momentos. Bons por favor. A memória já está saturada de lembranças ruins e lembranças boas que trazem saudade. O disco rígido está marcado, é preciso renovar. A máquina está velha, há 15 anos sem um back up geral. Já não dá para fatiar lembranças, tentando deixar os bons momentos e apagar os ruins. Sempre sobram vestígios. Nunca é um trabalho bem feito. Está na hora...
 Talvez seja o certo mesmo, me apagar, apagar o que eu era... Para dar espaço a mim mesma. Sem culpa, dores, felicidades que se foram e que não voltam mais. Chega um momento que está tudo muito cheio, escapulindo por onde dá...
 Ctrl + A, selecionar tudo... Mas espera ai, 15 anos não podem ter sido atoa. Salvar experiências de uma vida toda. Apagar o resto, começar do zero... Só com a essência que não pode ser descartada, e o que aprendi para começar bem o inicio de mais 15 anos...
 Foi preciso me renovar, ou o sistema pararia. É assim, uma hora suas lembranças, ou que você era vira uma verdadeira droga difícil de te deixar a continuar viver um dia novo. Quem quer viver dias e mais dias já marcados de 15 anos escritos fortemente á caneta? A vida deixa marcas como um papel marcado pelo que já foi escrito. E assim fica difícil escrever algo novo sobre aquilo. Nem a borracha resolve, não nessas horas.
 É preciso criar coragem e jogar fora.
Quem não gosta de um caderno novo? Escrever em páginas novas é muito mais entusiasmante. 

Sentir eu quero, mas não entender...





E pensar que o amor pode ser comparado a tantas coisas. E tantas coisas ao amor, flores vivas e belas na primavera. A dor dos espinhos quando se rompe. A vastidão do mar comparado a imensa onde de sentimentos.

É meio agoniante saber que o amor é severamente protegido de definições, e palavras que o tentem decifrar. Posso compara-lo ao mar, ou ao sol radiante, que estonteia. Uma onda de calor, a manta gélida na lua á noite cobrindo a pele com um arrepio. Sussurros amorosos que se perdem ao ar frio. Toques de pétalas.

Disse tudo? Nunca, e espero que não. Espero que mesmo que se juntem todos os acervos do mundo nunca se possa encontrar o verdadeiro significado. O amor tem disso, é curioso, bom de se ter por que causa tanto, pode machucar, mas também traz triunfo em seu amago... Mas por favor, quando se descobrir do que se trata não me diga. Por que se eu souber, quando, por menor que for o estrago, vou saber como erradica-lo. E viver sem ele, eu sei. Não dá. 
 
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