Trazendo á tona: Segredos Marinhos II


Esse capitulo de hoje está fraquinho. Chato e não se parece com o capitulo anterior. Acho que nunca vou conseguir manter um texto sentimental e todo filosófico. Toda essa minha deficiência, adicionada a cólica igual a :texto ruim/Dia ruim.

Pra quem não leu, mas quer ler, Trazendo á tona: Segredos marinhos I






- Me dá! – Entrei vociferando no quarto de Sam. Ela me jogou a 3G por cima do ombro. Ia me esgueirando pela sua porta de volta ao meu quarto quando notei algo diferente.
- Aonde pensa que vai?  - Consultei o relógio no pulso, oito e quarenta da noite, fiquei ainda mais alarmada do que já havia ficado quando a vi espremida num vestidinho bandagem preto.
- Quem pensa que é? – Ela vestiu uma jaqueta de paetê prateada enquanto digitava alguma coisa no celular.
- Sua irmã e...
- Essa, - Ela me cortou, fazendo uma pausa para calçar os sapatos – foi uma pergunta inteiramente retórica, o que dispensa resposta. Como eu, alguém para cuidar de mim.
- Tudo bem. – Dei de ombros. Um carro buzinou lá fora, Sam saiu pulando pelos degraus da escada enquanto eu tinha certeza de que meu estômago estava fazendo o mesmo. Eu não fazia ideia de quem era o cara com que ela estava saindo, ou quem era a amiga dela que a estava esperando. Mas tinha certeza de que não queria ouvir aquela buzina novamente, a mesma que costumava tocar quase todos os dias nesse mesmo horário em frente de casa, ou depois da escola. E já tinham se passado três meses.

 Mal tinha conectado a internet no meu MacBook ganho de natal e uma mensagem instantânea de Kim havia subido no canto direito da tela.
KimM diz: Psiu! Na varanda, agora.
 Me arrastei até a porta a abrindo preguiçosamente, Kim estava debruçada sobre a grade do outro lado. Quando me viu e se inclinou toda para frente ficando na ponta dos pés.
- Por que não se conectou antes? – Indagou sussurrando.
- Por que não ligou? – Retruquei.
- Shii! – Kim me repreendeu e depois esticou o pescoço espiando dentro do quarto. – Por que não liga o celular?
-Ah, desculpe. – Franzi os lábios, dessa vez sussurrando, ao me lembrar de ter esquecido de recarregara-lo.
- Brian está aqui! – Ela parecia aflita. Arqueei as sobrancelhas involuntariamente denunciando o que estava pensando. Kim percebeu e semicerrou os olhos. – Nem pense! Não fizemos nada.
- Não disse que fizeram – Minha tentativa de parecer inocente a deixou irritada.
- Nem vamos! – Ela alterou o tom de voz, respirou pesadamente parecendo impaciente e apontou o dedo na minha direção. – ou você acha que eu te chamei aqui para assistir a tudo e depois me dar um ponto de vista?
 Arregalei os olhos ao pensar na possibilidade. Seria algo muito nojento, inconveniente e constrangedor. Para ambas as partes.
- Eu tenho que me livrar dele, mamãe e papai saíram. E eu não quero ficar aqui sozinha com ele no meu quarto, mesmo que não role nada!
 Eu vi uma sombra se projetar na cortina branca que cobria a porta da varanda de Kim, e depois Brian se esgueirar para fora silenciosamente, não achei que fosse parte de algum plano para pegar Kim de surpresa, seu semblante denunciava confusão, sua testa estava franzida.
- Kim? – Sua voz rouca pareceu estalar no curto silencio. Kim soltou um berro se espremendo contra a grade da sua sacada. Parecia que estava vendo Freddy Krueger e não Brian Doyle, seu namorado. Ela parecia a ponto de desfalecer. – O que? Mas o que é que...
 Brian ficou sem reação. Kim por sua vez o socou no peitoral, irritada.
- O que pensa que está fazendo? – Berrou, mas dessa vez sua voz estava tremula. – Quer me matar de susto ou qualquer coisa assim?
- Desculpe. – Ele ergue as mãos num sinal de paz. – Não foi minha intenção, ouvi você falando sozinha... – Então ele me percebeu do outro lado.
 Sua expressão passou de algo como assombro, confusão e qualquer sentimento que um cara possa ter quando sua namorada o soca por ter feito absolutamente nada, para olhos risonhos. Seus ombros desceram significativamente, o que significava que ele estava tenso.
-Ah, oi Julie. É você. – Então ele acenou para mim. O observei por alguns centésimos de segundos, e ele não parecia afim de fazer o que Kim achava que ele queria.
- Ah, então... – Eu falei qualquer coisa aleatória, para me livrar logo daquilo. Mas Kim, me fuzilou com o olhar e logo tratou de falar por mim.
- Vim lembrar a Julie que temos que fazer um trabalho de história, e que ele não pode esperar. – Suas palavras pousaram sobre os meus ombros pesadamente. Não tinha nenhum trabalho de historia. Era o que eu achava.

 Foi assim que terminei minha noite, enfiada num quarto fazendo um trabalho de história para daqui um mês. Enquanto Brian gargalhava assistindo a Two and a half men. Amanhã mais um corpo encheria as gavetas frias do necrotério, e não seria o meu.

4 Não calaram a boca:

Aiko disse...

tens um bonito blog

Raphaele C. disse...

obrigada Aiko!

Aiko disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Morena disse...

Seu blog é lindo!

bjs,


Morena
http://todamocinha.blogspot.com

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